Plantas tóxicas

 

Algumas das plantas ornamentais que temos em nossos em vasos ou jardins podem esconder perigo por trás de sua beleza. Elas são chamadas " plantas tóxicas " pois apresentam princípios activos capazes de causarem graves intoxicações quando ingeridas ou irritações cutâneas quando tocadas.

Segundo dados do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas), cerca de 60% dos casos de intoxicação por plantas tóxicas ocorrem com crianças menores de nove anos. E a maioria, 80% destes casos, são acidentais. O Sinitox, que fornece informações sobre os agentes tóxicos existentes.

 

Geralmente, a intoxicação por plantas acontece por desconhecimento do potencial tóxico da espécie. Nesta matéria, apresentamos algumas das espécies ornamentais tóxicas mais comuns em quintais, jardins e vasos. Mas antes, atenção para estas orientações:

 

1 - Mantenha as plantas venenosas fora do alcance das crianças e dos animais domésticos.

2 - Procure identificar se possui plantas venenosas em sua casa e arredores, buscando informações como nome e características.

3 - Oriente as crianças para não colocar plantas na boca e nunca utilizá-las como brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite, etc.).

4 - Não utilize remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação especializada.

5 - Evite comer folhas, frutos e raízes desconhecidas. Lembre-se de que não há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta.

6 - Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex, pois elas podem provocar irritação na pele e principalmente nos olhos. Evite deixar os galhos em qualquer local onde possam atrair crianças ou animais. Quando estiver mexendo com plantas venenosas use luvas e lave bem as mãos após esta actividade.

7 - Cuidados especiais também devem tomados com os animais domésticos. Animais filhotes e adultos muito activos têm uma grande curiosidade por objectos novos no meio em que vivem e notam logo quando há um vaso diferente em casa ou uma planta estranha no jardim. Não é raro o animal lamber, morder, mastigar e engolir aquilo que lhe despertou a curiosidade. Animais privados de água podem, por exemplo, procurar plantas regadas ou molhadas de chuva recentemente e ingerir suas partes. Há casos de cães e gatos que ficam sozinhos confinados por períodos longos que acabam se distraindo com as plantas e acabam por ingeri-las.

8 - Em caso de acidente, guarde a planta para identificação e procure imediatamente orientação médica.

 

Caladium
Nome científico: Caladium bicolor Vent.
Nome popular: tajá, taiá, caládio
Família: Aráceas.
Nome científico: Caladium bicolor Vent.
Nome popular: tajá, taiá, caládio.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Sintomas: a ingestão e o contacto podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
Princípio ativo: oxalato de cálcio.

COMIGO-NINGUÉM-PODE
Família: Araceae.
Nome científico: Dieffenbachia picta Schott.
Nome popular: aninga-do-Pará.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Sintomas: a ingestão e o contacto podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vómitos, diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contacto com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
Princípio activo: oxalato de cálcio, saponinas.

COPO-DE-LEITE
Família: Araceae.
Nome científico: Zantedeschia aethiopica Spreng.
Nome popular: copo-de-leite.
Parte tóxica: todas as partes da planta
Sintomatologia: a ingestão e o contacto podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vómitos, diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contacto com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
Princípio activo: oxalato de cálcio.

 

TAIOBA-BRAVA
Família: Araceae
Nome científico: Colocasia antiquorum Schott.
Nome popular: cocó, taió, tajá.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Sintomas: a ingestão e o contacto podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vómitos, diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contacto com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
Princípio activo: oxalato de cálcio.

 

SAIA-BRANCA
Família: Solanaceae.
Nome científico: Datura suaveolens L.
Nome popular: trombeta, trombeta-de-anjo, trombeteira, cartucheira, zabumba.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Sintomas: a ingestão pode provocar boca seca, pele seca, taquicardia, dilatação das pupilas, rubor da face, estado de agitação, alucinação, hipertermia; nos casos mais graves pode levar a morte.
Princípio activo: alcalóides beladonados (atropina, escopolamina e hioscina).

 

BICO-DE-PAPAGAIO
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd.
Nome popular: rabo-de-arara, papagaio.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contacto com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vómitos e diarreia.
Princípio activo: látex irritante.

 

COROA-DE-CRISTO
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Euphorbia milii L.
Nome popular: coroa-de-cristo.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contacto com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vómitos e diarreia.
Princípio activo: látex irritante.

 

AVELÓS
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Euphorbia tirucalli L.
Nome popular: graveto-do-cão, figueira-do-diabo, dedo-do-diabo, pau-pelado, árvore de São Sebastião.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contacto com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vómitos e diarreia.
Princípio activo: látex irritante.

 

OLEANDRO
Família: Apocynaceae.
Nome científico: Nerium oleander L.
Nome popular: oleandro, louro rosa.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Sintomas: a ingestão ou o contacto com o látex podem causar dor em queimação na boca, salivação, náuseas, vómito intensos, cólicas abdominais, diarreia, tonturas e distúrbios cardíacos que podem levar a morte.
Princípio activo: glicosídeos cardiotóxicos

 

RICINO
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Ricinus communis L.
Nome popular: carrapateira, rícino, mamoeira, palma-de-cristo, carrapato.
Parte tóxica: sementes.
Sintomas: a ingestão das sementes mastigadas causa náuseas, vómitos, cólicas abdominais, diarreia mucosa e até sanguinolenta; nos casos mais graves podem ocorrer convulsões, coma e óbito.
Princípio activo: toxalbumina (ricina).

 

COPO DE LEITE

Família: Araceae.

Nome científico: Zantedeschia aethiopica Spreng.

Nome popular: copo-de-leite

Parte tóxica: todas as partes da planta

Princípio Ativo: Oxalato de Cálcio

Quadro Clínico: Irritante mecânico por ingestão e contato (ráfides).
Dor em queimação, eritema e edema (inchaço) de lábios, língua, palato e faringe. 
Sialorréia, disfagia, asfixia. 
Cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarréia.
Contato ocular: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia. Lacrimejamento.

Tratamento: Evitar lavagem gástrica ou êmese.
Tratamento sintomático: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva, 
bochechos com hidróxido de alumínio),
Analgésicos e antiespasmódicos.Anti-histamínicos. Corticóides em casos graves.
Contato ocular: Lavagem demorada com água corrente, colírios antissépticos. Oftalmologista.

COMIGO-NINGUÉM-PODE

Família: Araceae.

Nome científico: Dieffenbachia picta Schott.

Nome popular: aninga-do-Pará. 

Parte tóxica: todas as partes da planta.

Princípio Ativo: Oxalato de Cálcio

Quadro Clínico: Irritante mecânico por ingestão e contato (ráfides).
Dor em queimação, eritema e edema (inchaço) de lábios, língua, palato e faringe. 
Sialorréia, disfagia, asfixia. 
Cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarréia.
Contato ocular: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia. Lacrimejamento.

Tratamento: Evitar lavagem gástrica ou êmese.
Tratamento sintomático: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva, 
bochechos com hidróxido de alumínio),
Analgésicos e antiespasmódicos.Anti-histamínicos. Corticóides em casos graves.
Contato ocular: Lavagem demorada com água corrente, colírios antissépticos. Oftalmologista.

TINHORÃO 

Família: Araceae
.
Nome científico: Caladium bicolor Vent.

Nome popular: tajá, taiá, caládio.

Parte tóxica: todas as partes da planta.

Princípio Ativo: Oxalato de Cálcio

Quadro Clínico: Irritante mecânico por ingestão e contato (ráfides).
Dor em queimação, eritema e edema (inchaço) de lábios, língua, palato e faringe. 
Sialorréia, disfagia, asfixia. 
Cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarréia.
Contato ocular: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia. Lacrimejamento.

Tratamento: Evitar lavagem gástrica ou êmese.
Tratamento sintomático: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva, 
bochechos com hidróxido de alumínio),
Analgésicos e antiespasmódicos.Anti-histamínicos. Corticóides em casos graves.
Contato ocular: Lavagem demorada com água corrente, colírios antissépticos. Oftalmologista.

TAIOBA-BRAVA 

Família: Araceae.

Nome científico: Colocasia antiquorum Schott.

Nome popular: cocó, taió, tajá.

Parte tóxica: todas as partes da planta.

Princípio Ativo: Oxalato de Cálcio

Quadro Clínico: Irritante mecânico por ingestão e contato (ráfides).
Dor em queimação, eritema e edema (inchaço) de lábios, língua, palato e faringe. 
Sialorréia, disfagia, asfixia. 
Cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarréia.
Contato ocular: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia. Lacrimejamento.

Tratamento: Evitar lavagem gástrica ou êmese.
Tratamento sintomático: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva, 
bochechos com hidróxido de alumínio),
Analgésicos e antiespasmódicos.Anti-histamínicos. Corticóides em casos graves.
Contato ocular: Lavagem demorada com água corrente, colírios antissépticos. Oftalmologista.

 

BANANA DE MACACO

Família: Annonaceae

Nome científico: Rollinia leptopetala R.E.Fr.

Nome popular: Araticum, Ata-brava, Banana-de-macaco, Bananinha, Bananinha-de-macaco, Bananinha-de-quemquem, Fruta-de-macaco, Pereiro

Parte tóxica : todas as partes da planta.

Princípio Ativo: Oxalato de Cálcio

Quadro Clínico: Irritante mecânico por ingestão e contato (ráfides).
Dor em queimação, eritema e edema (inchaço) de lábios, língua, palato e faringe. 
Sialorréia, disfagia, asfixia. 
Cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarréia.
Contato ocular: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia. Lacrimejamento.

Tratamento: Evitar lavagem gástrica ou êmese.
Tratamento sintomático: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva, 
bochechos com hidróxido de alumínio),
Analgésicos e antiespasmódicos.Anti-histamínicos. Corticóides em casos graves.
Contato ocular: Lavagem demorada com água corrente, colírios antissépticos. Oftalmologista.

COROA-DE-CRISTO 

Família: Euphorbiaceae.

Nome científico: Euphorbia milii L.

Nome popular: coroa-de-cristo.

Parte tóxica: todas as partes da planta.

Princípio ativo:  Látex Irritante

Quadro Clínico: Irritação de pele e mucosas com hiperemia ou vesículas e bolhas; pústulas, prurido, dor em queimação.
Ingestão: lesão irritativa, sialorréia, disfagia, edema de lábios e língua, dor em queimação, náuseas, vômitos.
Contato ocular: Conjuntivite (processos inflamatórios), lesões de córnea.

Tratamento: Lesões de pele: cuidados higiênicos, lavagem com permanganato de potássio 1:10.000, pomadas decorticóides, anti-histamínicos VO
.Ingestão: Evitar esvaziamento gástrico.Analgésicos e antiespasmódicos. Protetores de mucosa (leite, óleo de oliva). 
Casos graves: corticóides.Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, avaliação oftalmológica.

BICO-DE-PAPAGAIO 

Família: Euphorbiaceae.

Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd.

Nome popular: rabo-de-arara, papagaio.

Parte tóxica: todas as partes da planta.

Princípio ativo:  Látex Irritante

Quadro Clínico: Irritação de pele e mucosas com hiperemia ou vesículas e bolhas; pústulas, prurido, dor em queimação.
Ingestão: lesão irritativa, sialorréia, disfagia, edema de lábios e língua, dor em queimação, náuseas, vômitos.
Contato ocular: Conjuntivite (processos inflamatórios), lesões de córnea.

Tratamento: Lesões de pele: cuidados higiênicos, lavagem com permanganato de potássio 1:10.000, pomadas decorticóides, anti-histamínicos VO
.Ingestão: Evitar esvaziamento gástrico.Analgésicos e antiespasmódicos. Protetores de mucosa (leite, óleo de oliva). 
Casos graves: corticóides.Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, avaliação oftalmológica.

AVELÓS 

Família: Euphorbiaceae.

Nome científico: Euphorbia tirucalli L.

Nome popular: graveto-do-cão, figueira-do-diabo, dedo-do-diabo, pau-pelado, árvore de São Sebastião.

Parte tóxica: todas as partes da planta.

Princípio ativo:  Látex Irritante

Quadro Clínico: Irritação de pele e mucosas com hiperemia ou vesículas e bolhas; pústulas, prurido, dor em queimação.
Ingestão: lesão irritativa, sialorréia, disfagia, edema de lábios e língua, dor em queimação, náuseas, vômitos.
Contato ocular: Conjuntivite (processos inflamatórios), lesões de córnea.

Tratamento: Lesões de pele: cuidados higiênicos, lavagem com permanganato de potássio 1:10.000, pomadas decorticóides, anti-histamínicos VO
.Ingestão: Evitar esvaziamento gástrico.Analgésicos e antiespasmódicos. Protetores de mucosa (leite, óleo de oliva). 
Casos graves: corticóides.Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, avaliação oftalmológica.


PARTE B

PINHÃO-ROXO 

Família: Euphorbiaceae.

Nome científico: Jatropha curcas L.

Nome popular: pinhão-de-purga, pinhão-paraguaio, pinhão-bravo, pinhão, pião, pião-roxo, mamoninho, purgante-de-cavalo.

Parte tóxica: folhas e frutos.

Princípio Ativo: Toxalbumina (curcina)

Quadro Clínico: 
Ingesta: ação irritativa do trato gastrointestinal, dor abdominal, náuseas, vômitos, cólicas intensas, diarréia às vezes sanguinolenta.Hipotensão, dispnéia, arritmia, parada cardíaca. Evolução para desidratação grave, choque, distúrbios hidroeletrolíticos, torpor, hiporreflexia, coma. Pode ocorrer insuficiência renal.
Contato: látex, pelos e espinhos: irritante de pele e mucosas.

Tratamento: Antiespasmódicos, antieméticos, eventualmente antidiarréicos. Correção precoce dos distúrbios hidroeletrolíticos
Lesões de pele: soluções antissépticas, analgésicos, anti-histamínicos. Casos graves: corticóides.

MAMONA 

Família: Euphorbiaceae.

Nome científico: Ricinus communis L.

Nome popular: carrapateira, rícino, mamoeira, palma-de-cristo, carrapato.

Parte tóxica: sementes.

Princípio Ativo: Toxalbumina (ricina)

Quadro Clínico: 
Ingesta: ação irritativa do trato gastrointestinal, dor abdominal, náuseas, vômitos, cólicas intensas, diarréia às vezes sanguinolenta.Hipotensão, dispnéia, arritmia, parada cardíaca. Evolução para desidratação grave, choque, distúrbios hidroeletrolíticos, torpor, hiporreflexia, coma. Pode ocorrer insuficiência renal.
Contato: látex, pelos e espinhos: irritante de pele e mucosas.

Tratamento: Antiespasmódicos, antieméticos, eventualmente antidiarréicos. Correção precoce dos distúrbios hidroeletrolíticos
Lesões de pele: soluções antissépticas, analgésicos, anti-histamínicos. Casos graves: corticóides.

SAIA-BRANCA 

Família: Solanaceae.

Nome científico: Datura suaveolens L.

Nome popular: trombeta, trombeta-de-anjo, trombeteira, cartucheira, zabumba.

Parte tóxica: todas as partes da planta.

Princípio ativo: alcalóides beladonados (atropina, escopolamina e hioscina).

Quadro Clínico: Início rápido: náuseas e vômitos.
Quadro semelhante à intoxicação poratropina: pele quente, seca e avermelhada, rubor facial, mucosas secas, taquicardia, midríase, agitação psicomotora, febre, distúrbios de comportamento, alucinações e delírios, vasodilatação periférica.
Nos casos graves: depressão neurológica e coma, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e óbito. 

Tratamento: Esvaziamento gástrico com lavagem gástrica (em tempo útil) com água, permanganato de potássio ou ácido tânico a 4%.
Tratamento de suporte/sintomático. 
Tratar hipertermia com medidas físicas.
Evitar sedativos nos casos mais graves. 

SAIA ROXA

Família:
 
Nome científico: Datura metel

Nome popular: Saia roxa

Parte tóxica: Semente

Princípio Ativo: Alcalóide daturina 

Quadro Clínico: Início rápido: náuseas e vômitos.
Quadro semelhante à intoxicação poratropina: pele quente, seca e avermelhada, rubor facial, mucosas secas, taquicardia, midríase, agitação psicomotora, febre, distúrbios de comportamento, alucinações e delírios, vasodilatação periférica.
Nos casos graves: depressão neurológica e coma, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e óbito. 

Tratamento: Esvaziamento gástrico com lavagem gástrica (em tempo útil) com água, permanganato de potássio ou ácido tânico a 4%.
Tratamento de suporte/sintomático. 
Tratar hipertermia com medidas físicas.
Evitar sedativos nos casos mais graves.

ESTRAMÔNIO

Família: Solanaceae

Nome científico: Datura stramonium L.

Nome popular: Zabumba, Mata zombando, Figueira do inferno

Parte tóxica: todas as partes da planta.

Princípio ativo: Plantas Beladonadas

Quadro Clínico: Início rápido: náuseas e vômitos.
Quadro semelhante à intoxicação poratropina: pele quente, seca e avermelhada, rubor facial, mucosas secas, taquicardia, midríase, agitação psicomotora, febre, distúrbios de comportamento, alucinações e delírios, vasodilatação periférica.
Nos casos graves: depressão neurológica e coma, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e óbito. 

Tratamento: Esvaziamento gástrico com lavagem gástrica (em tempo útil) com água, permanganato de potássio ou ácido tânico a 4%.
Tratamento de suporte/sintomático. 
Tratar hipertermia com medidas físicas.
Evitar sedativos nos casos mais graves. 

LÍRIO

Família: Meliaceae

Nome científico: Melia azedarach L.

Nome popular: Lilás ou lírio da índia, cinamomo, lírio ou lilás da china, lírio ou lilás do Japão, jasmim-de-caiena, jasmim-de-cachorro, jasmim-de-soldado, árvore-santa, loureiro-grego, Santa Bárbara.

Parte tóxica: frutos e chá das folhas.

Princípio ativo: saponinas e alcalóides neurotóxicos (azaridina).

Quadro Clínico: Início rápido: náuseas e vômitos.
Quadro semelhante à intoxicação poratropina: pele quente, seca e avermelhada, rubor facial, mucosas secas, taquicardia, midríase, agitação psicomotora, febre, distúrbios de comportamento, alucinações e delírios, vasodilatação periférica.
Nos casos graves: depressão neurológica e coma, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e óbito. 

Tratamento: Esvaziamento gástrico com lavagem gástrica (em tempo útil) com água, permanganato de potássio ou ácido tânico a 4%.
Tratamento de suporte/sintomático. 
Tratar hipertermia com medidas físicas.
Evitar sedativos nos casos mais graves. 

PARTE C

CHAPÉU-DE-NAPOLEÃO 

Família: Apocynaceae.

Nome científico: Thevetia peruviana Schum.

Nome popular: jorro-jorro, bolsa-de-pastor.

Parte tóxica: todas as partes da planta.

Princípio Ativo: Glicosídeos Cardiotóxicos

Quadro Clínico: Quadro semelhante à intoxicação por digitálicos.
Ingestão:dor/queimação, sialorréia, náuseas, vômitos, cólicas abdominais,diarréia.
Manifestações neurológicas com cefaléia, tonturas, confusão mental e distúrbios visuais.
Distúrbios cardiovasculares: arritmias, bradicardia, hipotensão.
Contato ocular: fotofobia, congestão conjuntival, lacrimejamento. 

Tratamento: Tratamento de suporte, com atenção especial aos distúrbios hidroeletrolíticos.
Antiarrítmicos habituais nos distúrbios de ritmo. 
Antiespasmódicos, antieméticos, protetores de mucosa e adsorventes intestinais.
Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, analgésicos e avaliação oftalmológica.

OFICIAL DE SALA 

Familia : Asclepiadaceae

Nome Cientifico: Asclepias curassavica L

Nome Popular: Paina-de-sapo, oficial-de-sala, cega-olhos, erva-de-paina, margaridinha, imbira-de-sapo, erva de rato falsa

Parte tóxica: todas as partes da planta.

Princípio Ativo: Glicosídeos Cardiotóxicos

Quadro Clínico: Quadro semelhante à intoxicação por digitálicos.
Ingestão:dor/queimação, sialorréia, náuseas, vômitos, cólicas abdominais,diarréia.
Manifestações neurológicas com cefaléia, tonturas, confusão mental e distúrbios visuais.
Distúrbios cardiovasculares: arritmias, bradicardia, hipotensão.
Contato ocular: fotofobia, congestão conjuntival, lacrimejamento. 

Tratamento: Tratamento de suporte, com atenção especial aos distúrbios hidroeletrolíticos.
Antiarrítmicos habituais nos distúrbios de ritmo. 
Antiespasmódicos, antieméticos, protetores de mucosa e adsorventes intestinais.
Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, analgésicos e avaliação oftalmológica.

ESPIRRADEIRA 

Família: Apocynaceae.

Nome científico: Nerium oleander L.

Nome popular: oleandro, louro rosa.

Parte tóxica: todas as partes da planta.

Princípio Ativo: Glicosídeos Cardiotóxicos

Quadro Clínico: Quadro semelhante à intoxicação por digitálicos.
Ingestão:dor/queimação, sialorréia, náuseas, vômitos, cólicas abdominais,diarréia.
Manifestações neurológicas com cefaléia, tonturas, confusão mental e distúrbios visuais.
Distúrbios cardiovasculares: arritmias, bradicardia, hipotensão.
Contato ocular: fotofobia, congestão conjuntival, lacrimejamento. 

Tratamento: Tratamento de suporte, com atenção especial aos distúrbios hidroeletrolíticos.
Antiarrítmicos habituais nos distúrbios de ritmo. 
Antiespasmódicos, antieméticos, protetores de mucosa e adsorventes intestinais.
Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, analgésicos e avaliação oftalmológica.

DEDALEIRA

Família: Scrophulariaceae

Nome científico: Digitalis purpúrea L.

Nome popular: Dedaleira, digital

Parte tóxica: Folha e Flor

Princípio Ativo: Glicosídeos Cardiotóxicos

Quadro Clínico: Quadro semelhante à intoxicação por digitálicos.
Ingestão:dor/queimação, sialorréia, náuseas, vômitos, cólicas abdominais,diarréia.
Manifestações neurológicas com cefaléia, tonturas, confusão mental e distúrbios visuais.
Distúrbios cardiovasculares: arritmias, bradicardia, hipotensão.
Contato ocular: fotofobia, congestão conjuntival, lacrimejamento. 

Tratamento: Tratamento de suporte, com atenção especial aos distúrbios hidroeletrolíticos.
Antiarrítmicos habituais nos distúrbios de ritmo. 
Antiespasmódicos, antieméticos, protetores de mucosa e adsorventes intestinais.
Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, analgésicos e avaliação oftalmológica.

MANDIOCA-BRAVA

Família: Euphorbiaceae.

Nome científico: Manihot utilissima Pohl. (Manihot esculenta ranz).

Nome popular: mandioca, maniva.

Parte tóxica: raiz e folhas.

Princípio Ativo: Glicosídios Cianogênicos

Quadro Clínico: Liberam ácido cianídrico causando anóxia celular. Distúrbios gastrointestinais: náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia, acidose metabólica, hálito de amêndoas amargas.
Distúrbios neurológicos: sonolência, torpor,convulsões e coma. 
Crise típica: opistótono, trismas e midríase.
Distúrbios respiratórios: dispnéia, apnéia, secreções, cianose, distúrbios cárdiocirculatórios.
Hipotensão na fase final. Sangue vermelho rutilante.

Tratamento: Tratamento precoce. Exames laboratoriais para detecção de tiocianatos na saliva ou cianeto no sangue.
Nitrito de Amila por via inalatória 30seg a cada 2min: formação de cianometahemoglobina (atóxica).
Nitrito de Sódio 3% - 10ml EV (adultos), se neces. tratar com Azul de Metileno + Vit C.
Hipossulfito de Sódio 25% - 25 a 50ml EV (adultos), 1ml/Kg (crianças). 
Dão origem a tiocianatos.O2.Hidroxicobalamina 15000mcg EV-formação de ciano-Cobalamina (atóxica). Esvaziamento gástrico. 

Coração de Negro ou Pessegueiro Bravo

Família: Rosaceae
.
Nome científico: Prunus sphaerocarpa SW

Nome popular: pessegueiro bravo, marmeleiro bravo.

Partes tóxicas: frutas e sementes.

Princípio Ativo: Glicosídios Cianogênicos

Quadro Clínico: Liberam ácido cianídrico causando anóxia celular. Distúrbios gastrointestinais: náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia, acidose metabólica, hálito de amêndoas amargas.
Distúrbios neurológicos: sonolência, torpor,convulsões e coma. 
Crise típica: opistótono, trismas e midríase.
Distúrbios respiratórios: dispnéia, apnéia, secreções, cianose, distúrbios cárdiocirculatórios.
Hipotensão na fase final. Sangue vermelho rutilante.

Tratamento: Tratamento precoce. Exames laboratoriais para detecção de tiocianatos na saliva ou cianeto no sangue.
Nitrito de Amila por via inalatória 30seg a cada 2min: formação de cianometahemoglobina (atóxica).
Nitrito de Sódio 3% - 10ml EV (adultos), se neces. tratar com Azul de Metileno + Vit C.
Hipossulfito de Sódio 25% - 25 a 50ml EV (adultos), 1ml/Kg (crianças). 
Dão origem a tiocianatos.O2.Hidroxicobalamina 15000mcg EV-formação de ciano-Cobalamina (atóxica). Esvaziamento gástrico. 

BROTO DE BAMBU

Princípio Ativo: Glicosídios Cianogênicos

Quadro Clínico: Liberam ácido cianídrico causando anóxia celular. Distúrbios gastrointestinais: náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia, acidose metabólica, hálito de amêndoas amargas.
Distúrbios neurológicos: sonolência, torpor,convulsões e coma. 
Crise típica: opistótono, trismas e midríase.
Distúrbios respiratórios: dispnéia, apnéia, secreções, cianose, distúrbios cárdiocirculatórios.
Hipotensão na fase final. Sangue vermelho rutilante.

Tratamento: Tratamento precoce. Exames laboratoriais para detecção de tiocianatos na saliva ou cianeto no sangue.
Nitrito de Amila por via inalatória 30seg a cada 2min: formação de cianometahemoglobina (atóxica).
Nitrito de Sódio 3% - 10ml EV (adultos), se neces. tratar com Azul de Metileno + Vit C.
Hipossulfito de Sódio 25% - 25 a 50ml EV (adultos), 1ml/Kg (crianças). 
Dão origem a tiocianatos.O2.Hidroxicobalamina 15000mcg EV-formação de ciano-Cobalamina (atóxica). Esvaziamento gástrico. 

PARTE D

GIESTA

Família: Leguminosae (Fabaceae)

Nome científico: Cytisus Scoparius 

Nome Popular : Giesta. 

Parte tóxica: Folha, Caule e Flor.

Princípio Ativo: Alcalóides não Atropínicos 

Quadro Clínico: Predominam sintomas gastrointestinais: náuseas, cólicas abdominais e diarréia. 
Distúrbios hidroeletrolíticos. Raramente torpor e discreta confusão mental.

Tratamento: Esvaziamento gástrico (muitas vezes não é necessário lavagem gástrica). Antiespasmódico, antiemético.Manter o estado de hidratação. Tratamento sintomático.

JOÁ

Família: 

Nome científico: 

Nome Popular : Joá. 

Parte tóxica: Fruto e Semente.

Princípio Ativo: Alcalóides não Atropínicos 

Quadro Clínico: Predominam sintomas gastrointestinais: náuseas, cólicas abdominais e diarréia. 
Distúrbios hidroeletrolíticos. Raramente torpor e discreta confusão mental, sintomas de intoxicação atropínica e às vezes obstrução intestinal.
Torpor, astenia e prostração. Quadro simula abdômen agudo.

Tratamento: Esvaziamento gástrico (muitas vezes não é necessário lavagem gástrica).Antiespasmódico, antiemético.Manter o estado de hidratação.No quadro obstrutivo por Joá: clister à base de soro fisiológico.Tratamento sintomático.

ESPORINHA

Família: Ranunculaceae

Nome científico: Delphinium spp

Nome Popular : Esporinha 

Parte tóxica: Semente

Princípio Ativo: Alcalóides não Atropínicos (Alcalóide delfina)

Quadro Clínico: Predominam sintomas gastrointestinais: náuseas, cólicas abdominais e diarréia. 
Distúrbios hidroeletrolíticos. Raramente torpor e discreta confusão mental.

Tratamento: Esvaziamento gástrico (muitas vezes não é necessário lavagem gástrica).Antiespasmódico, antiemético.Manter o estado de hidratação.No quadro obstrutivo por Joá: clister à base de soro fisiológico.Tratamento sintomático.

FLOR DAS ALMAS

Família: Asteraceae

Nome científico: Senecio spp.

Nome popular: maria-mole, tasneirinha, flor das almas.

Princípio Ativo: Alcalóides não Atropínicos 

Quadro Clínico: Predominam sintomas gastrointestinais: náuseas, cólicas abdominais e diarréia. 
Distúrbios hidroeletrolíticos. Raramente torpor e discreta confusão mental.
Principalmente crônica pode causar doença hepática com evolução para cirrose ou S. Budd-Chiari.

Tratamento: Esvaziamento gástrico (muitas vezes não é necessário lavagem gástrica).Antiespasmódico, antiemético.Manter o estado de hidratação.No quadro obstrutivo por Joá: clister à base de soro fisiológico.Tratamento sintomático.

Plantas: Cogumelos não comestíveis: Várias famílias e gênero: Amanita sp, Boletus sp, Clavaria sp e outros

Princípio Ativo: Cogumelos

Quadro Clínico: (pp. Síndromes) Síndrome Gastrointestinal: náuseas, vômitos, desconforto e dores abdominais e diarréia. 
Aparecimento em 1 a 3 h.
Distúrbios hidroeletrolíticos e circulatórios.
Síndrome Muscarínica: Período de incubação geralmente de 1 hora. Cefaléia, vômitos, cólicas abdominais, sudorese intensa. Visão borrada, miose, salivação, broncoespasmo, lacrimejamento, rinorréia. Bradicardia, tremores, tonturas, hipotensão arterial, choque. 

Tratamento: Síndrome gastrointestinal: sintomático, antiemético, antiespasmódico, correção dos distúrbios hidroeletrolíticos. Observar paciente por 2-3 dias.
Síndrome muscarínica: Atropina. Medidas sintomáticas e de suporte. 

OUTRAS PLANTAS TÓXICAS

URTIGA 

Família: Urticaceae.

Nome científico: Fleurya aestuans L.

Nome popular: urtiga-brava, urtigão, cansanção.

Parte tóxica: pêlos do caule e folhas.

Princípio ativo: histamina, acetilcolina, serotonina.

Sintomas: o contato causa dor imediata devido ao efeito irritativo, com inflamação, vermelhidão cutânea, bolhas e coceira.

AROEIRA

Família: Anacardiaceae.

Nome científico: Lithraea brasiliens March.

Nome popular: pau-de-bugre, coração-de-bugre, aroeirinha preta, aroeira-do-mato, aroeira-brava.

Parte tóxica: todas as partes da planta.

Princípio ativo: os conhecidos são os óleos voláteis, felandreno, carvacrol e pineno. 

Sintomas: o contato ou, possivelmente, a proximidade provoca reação dérmica local (bolhas, vermelhidão e coceira), que persiste por vários dias; a ingestão pode provocar manifestações gastrointestinais.



MEDIDAS PREVENTIVAS
1 - Mantenha as plantas venenosas fora do alcance das crianças.

2 - Conheça as plantas venenosas existentes em sua casa e arredores pelo nome e características.

3 - Ensine as crianças a não colocar plantas na boca e não utilizá-las como brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite, etc.).

4 - Não prepare remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação médica.

5 - Não coma folhas, frutos e raízes desconhecidas. Lembre-se de que não há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta.

6 - Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex provocando irritação na pele e principalmente nos olhos; evite deixar os galhos em qualquer local onde possam vir a ser manuseados por crianças; quando estiver lidando com plantas venenosas use luvas e lave bem as mãos após esta atividade.

7 - Em caso de acidente, procure imediatamente orientação médica e guarde a planta para identificação.

8 - Em caso de dúvida ligue para o Centro de Intoxicação de sua região.

 

Existe uma planta muito venenosa que e largamente plantada em praças e ruas das cidades principalmente no rio de janeiro seu nome científico e " nerium oleander " e o nome vulgar é Espirradeira, Uma única folha é suficiente para causar envenenamento. Uma lei municipal proibiu durante anos o plantio em local público desta espécie mas com o passar dos anos foi sendo deixada de lado, o fato de ser uma planta com cores fortes, resistente e florescer durante grande parte do ano ela e muito requisitada pelos paisagistas.